O secretário de Estado americano, Antony Blinken, visitou neste sábado (5) a fronteira da Polônia com a Ucrânia e informou que os Estados Unidos preveem adiantar outros 2,75 bilhões de dólares para fazer frente à crise humanitária diante da chegada de refugiados ucranianos.
"O povo polonês sabe o quão importante é defender a liberdade", frisou Blinken após um encontro com o ministro de Relações Exteriores da Polônia, Zbigniew Rau, em Rzeszow, perto da fronteira com a Ucrânia.
Blinken visitou um centro na fronteira da Polônia com a Ucrânia que abriga quase 3.000 refugiados.
"A Polônia está realizando um trabalho vital em resposta a esta crise", insistiu.
Blinken anunciou que Washington pretende liberar mais 2,75 bilhões de dólares para ajudar as pessoas que fogem da Ucrânia e os países que as recebem desde o início da ofensiva russa, em 24 de fevereiro.
Rau, por sua vez, afirmou que a Polônia seguirá aberta a todos os que fogem da invasão russa. "A agressão russa na Ucrânia provocou uma crise humanitária de proporções inimagináveis", disse o ministro polonês.
O ministro também se comprometeu a não discriminar os refugiados de distintas nacionalidades, depois que vieram à tona relatos de que pessoas negras, a maioria africanos, tiveram problemas na fronteira com a Polônia. Além disso, acusou as forças russas de cometerem "crimes de guerra" ao bombardear áreas residenciais.
Desde 24 de fevereiro, mais de 827.000 pessoas fugiram da Ucrânia para se refugiar na Polônia, de acordo com os guardas de fronteira.
O primeiro-ministro polonês, Mateusz Morawiecki, que também se reuniu com Blinken, pediu sanções mais duras contra a Rússia e que todos os bancos russos sejam excluídos do sistema de intercâmbio bancário Swift.
Blinken chegou à Polônia neste sábado e também visitará Moldávia, Lituânia, Letônia e Estônia para mostrar o apoio de Washington e fortalecer a união do Ocidente contra Moscou.
* AFP