Um tribunal hondurenho declarou nesta quinta-feira (17) Rosa Elena Bonilla, esposa do ex-presidente Porfirio Lobo (2010-2014), "culpada" pelos crimes de fraude e desvio de fundos públicos, na repetição de um julgamento no qual ela havia sido condenada a 58 anos de prisão.
Bonilla e o então administrador do gabinete da primeira-dama, Saúl Escobar, foram considerados culpados "como co-autores de fraude contínua (...) e Bonilla também foi considerada culpada como autora de apropriação indébita contínua", disse disse o judiciário em um comunicado.
Em 28 de março será conhecida a sentença de Bonilla e Escobar.
A juíza encarregada do caso disse que a esposa do então presidente Porfirio Lobo transferiu, em janeiro de 2014, recursos públicos estimados em cerca de 500 mil dólares do Gabinete da Primeira Dama para contas pessoais, que ela utilizou para comprar móveis, joias, remédios e pagou cartões de crédito.
Em dezembro de 2020, um tribunal havia condenado Bonilla a 58 anos de prisão, mas a sentença foi anulada em um recurso de apelação por erros "processuais" e foi ordenado repeti-la.
Após a primeira sentença, o tribunal enviou a acusada para "prisão domiciliar", mas na nova sentença de repetição do julgamento, foi condenada a "prisão preventiva" em um presídio feminino em Támara, norte de Tegucigalpa.
O filho do ex-presidente Porfirio "Pepe" Lobo - do Partido Nacional, de direita -, Fabio Lobo, foi condenado a 24 anos de prisão em Nova York em 2017 por ajudar no tráfico de 1,4 tonelada de cocaína para os Estados Unidos.
* AFP