A ministra da Costa Rica da Condição da Mulher, Patricia Mora, renunciou nesta segunda-feira (7) ao seu cargo após expressar sua "indignação e preocupação" com o anúncio de que o governo seguirá em frente com uma negociação com o Fundo Monetário Internacional (FMI) , o que gerou protestos.
Mora anunciou sua saída do governo em um longo comunicado que divulgou por suas redes sociais, menos de uma semana depois que o presidente, Carlos Alvarado, anunciou a intenção de negociar um pacto com o FMI para sanear as finanças do país.
A Casa Presidencial confirmou em um comunicado a renúncia da ministra e detalhou que entrará em vigor em 20 de dezembro.
"Agradecemos dona Patricia por suas contribuições valiosas e pela luta em defesa dos direitos de todas as mulheres", disse a Presidência.
O governo busca com o FMI um acordo que inclui um crédito por 1,75 bilhão de dólares em troca de um programa, ainda sem definir, para sanear as finanças públicas.
A Costa Rica vivenciou fortes mobilizações em outubro, com bloqueios nas ruas em todo o país, em rejeição a uma proposta inicial do acordo com o FMI, que contemplava novos aumentos de impostos.
A situação obrigou o governo a suspender essa primeira negociação.
* AFP