Os israelenses voltaram a se manifestar, nesta terça-feira, contra a forma como o premier Benjamin Netanyahu conduz a situação econômica e sanitária durante a pandemia, apesar do endurecimento das restrições.
Em Jerusalém, manifestantes com bandeiras do país respeitaram o distanciamento e usaram máscara. Em Tel Aviv, houve confrontos entre a polícia e manifestantes que tentaram ultrapassar um cordão de segurança.
"Os manifestantes começaram a marchar violando as restrições impostas devido à Covid-19", informou o porta-voz da polícia Micky Rosenfeld. "Policiais se ocupam da situação", assinalou, sem citar o número de manifestantes em Tel Aviv, nem prisões.
Autoridades de Israel anunciaram ontem a prorrogação por uma semana do estado de emergência sanitária. Na semana passada, o parlamento do país aprovou uma lei que restringe as reuniões durante o confinamento. Segundo críticos, a mesma tem como objetivo silenciar as manifestações contra Netanyahu.
Desde julho, manifestantes contrários ao premier reúnem-se semanalmente para criticar a gestão econômica e sanitária da pandemia, além de denunciarem a corrupção e pedirem mudança.
Com mais de 270 mil casos confirmados em uma população de 9 milhões de habitantes, Israel é o país com a taxa de infecção semanal mais alta do mundo.
* AFP