Os oito países membros do Conselho do Ártico, reunidos nesta terça-feira em Rovaniemi (Finlândia), fracassaram em redigir uma declaração final comum, em razão, de acordo com vários delegados, da recusa dos Estados Unidos de mencionar a mudança climática.
No início da reunião ministerial desta instância de cooperação regional presidida pela Finlândia, o ministro finlandês das Relações Exteriores, Timo Soini, anunciou uma mudança na agenda para substituir a tradicional declaração conjunta por declarações ministeriais separadas.
A mudança é o resultado da incapacidade dos Estados membros de encontrar um acordo porque os Estados Unidos se recusaram a incluir a menção 'mudança climática' no texto, segundo várias fontes.
De acordo com o centro de pesquisa americano Arctic Institute, esta seria a primeira vez que o Conselho do Ártico, criado em 1996, não chega a uma declaração comum depois de suas reuniões ministeriais realizadas a cada dois anos.
"O problema é que os Estados Unidos dificultam chegar a um acordo final", disse à AFP Sally Swetzof, da Associação Internacional de Aleutas, uma das seis organizações que representam as populações indígenas no Conselho do Ártico.
O Conselho é formado por Estados Unidos, Rússia, Canadá e os cinco Estados nórdicos (Suécia, Noruega, Dinamarca, Finlândia e Islândia).
* AFP