Os argelinos se manifestaram pela 11ª sexta-feira consecutiva, a última antes do início do mês de jejum muçulmano do Ramadã.
Dezenas de pessoas se reuniram, debaixo de chuva, no centro da capital Argel.
Um mês após a renúncia do presidente Abdelaziz Bouteflika em 2 de abril, sob a pressão das ruas e do Exército após 20 anos no poder, o movimento de protesto não diminuiu.
A multidão rejeita, sobretudo, que as estruturas e figuras da máquina herdada de Bouteflika organizem as eleições presidenciais marcadas para 4 de julho. Os manifestantes também reivindicam uma transição dirigida por novos nomes.
O poder não cede, porém, no essencial.
Abdelkader Bensalah, um homem do aparato que acompanhou Abdelaziz Bouteflika durante 20 anos no poder e até sua saída em 2 de abril, continua sendo chefe de Estado interino.
E Nuredin Bedui, outro membro do regime, mantém-se como primeiro-ministro do "governo da vergonha", como manifestantes se referem ao governo do país.
* AFP