O enviado americano para a Coreia do Norte, Joseph Yun, tentou nesta quinta-feira (14) convencer a Tailândia a isolar a Coreia do Norte - disse à AFP uma fonte oficial em Bangcoc.
Segundo essa mesma fonte, já estaria em curso - por parte do governo tailandês - uma redução drástica das trocas comerciais com o país vizinho.
"Esperamos que até o fim de 2017 não haja mais importações, ou exportações de mercadorias entre Tailândia e Coreia do Norte", declarou Pimchanok Vonkorpon, do Ministério tailandês do Comércio.
Nos primeiros nove meses deste ano, o comércio bilateral foi de 1,6 milhão de dólares, o correspondente a uma redução de 94% em relação ao mesmo período de 2016, acrescentou Bangcoc.
A diplomacia americana não quis comentar essa segunda etapa da turnê asiática de Yun, depois de visitar o Japão.
O chefe do Conselho de Segurança tailandês, general Wanlop Rugsanoah, disse à AFP que os Estados Unidos também pediram que "pressionem mais a Coreia do Norte", especialmente pela via da "redução das relações diplomáticas".
O general negou qualquer encontro organizado em Bangcoc entre negociadores americanos e norte-coreanos.
Tradicional aliada dos Estados Unidos, a Tailândia é um dos poucos países do Sudeste Asiático a abrigar uma embaixada norte-coreana.
Segundo a diplomacia tailandesa, Bangcoc é o terceiro mais importante sócio comercial de Pyongyang, depois de China e Coreia do Sul. Em 2014, as trocas comerciais chegaram a 100 milhões de euros.
* AFP