O atentado com um caminhão-bomba perpetrado no dia 14 de outubro no centro de Mogadíscio, o mais sangrento da história da Somália, deixou ao menos 358 mortos e 228 feridos, informou nesta sexta-feira o governo somali.
"Último boletim de vítimas: 642 - 358 mortos, 228 feridos e 56 desaparecidos, revelou o ministro somali da Informação, Abdirahman Osman, acrescentando que 122 pessoas feridas foram levadas de avião para Turquia, Sudão e Quênia.
O ataque com caminhão-bomba aconteceu na tarde de um sábado, em uma avenida muito movimentada do distrito de Hodan, um bairro comercial da capital que abriga muitas empresas e hotéis.
Os edifícios e veículos próximos ao local da explosão ficaram muito danificados. O ataque deixou vários corpos carbonizados ou mutilados. Segundo especialistas, a carga explosiva utilizada no ataque era de no mínimo 500 kg.
Até então, o atentado mais violento da história da Somália havia acontecido em outubro de 2011, quando a explosão de um caminhão-bomba em um complexo ministerial da capital deixou pelo menos 82 mortos e 120 feridos.
O atentado não foi reivindicado, mas as autoridades apontaram os islamitas somalis shebab, ligados à Al-Qaeda, que executam ataques com frequência em Mogadíscio e seus arredores.
Os shebab querem derrubar o frágil governo central somali, apoiado pela comunidade internacional e por 22.000 soldados da União Africana (UA).
Eles foram foram expulsos da capital da Somália há seis anos por tropas somalis e da UA. Com o passar dos anos perderam o controle das principais localidades do sul da Somália.
* AFP