A administração do hospital diz que os valores já estão defasados, e o contrato está vencido desde julho do ano passado. O Hospital Universitário de Santa Maria é hoje o único pronto-socorro que atende pelo SUS a população de 40 municípios da região central e está com o PS superlotado. O dinheiro repassado pelo estado garante a prestação de serviços ambulatoriais, cirúrgicos e de exames.
De acordo com o último contrato, o governo repassa ao hospital R$ 69 milhões por ano. O governo do Estado viabilizou um aditivo de tempo para assegurar a manutenção dos serviços e, assim, buscar um entendimento. Deste montante, parte é para os serviços de média complexidade e outra para alta complexidade. Conforme a direção do hospital, o valor está defasado e é insuficiente já que observa a tabela SUS. O hospital realiza 16 mil consultas/mês e ainda faz mais de 1,3 mil internações no mesmo período.
Atualmente, o contrato hoje prevê atendimento em média complexidade – internações, consultas e exames ambulatoriais – e em alta complexidade – oncologia, cardiologia, nefrologia, traumatologia, transplantes de medula e renal. A ideia é manter os mesmos serviços, mas com uma atualização dos valores via correção da tabela SUS, comenta o gerente administrativo do hospital, João Batista de Vasconcellos.
"A tabela SUS está completamente defasada, o que força os hospitais universitários federais a atuarem no limite. Uma situação complicada".
O Husm também conta com repasses do governo federal, via programa nacional de Reestruturação dos hospitais Universitários Federais (Rehuf). Em média, o recurso destinado ao hospital fica na casa dos R$ 15 milhões/ano.