O técnico português José Mourinho garantiu que sua prioridade é renovar o contrato com a Roma, apesar de o seu nome aparecer na imprensa como um dos treinadores contactados pelo Brasil para assumir o comando da Seleção.
"O Brasil não falou comigo diretamente. Eu disse ao meu agente para não falar com ninguém até que ele saiba se a Roma quer que eu continue, ou não", declarou ele na noite de quarta-feira, após a vitória de seu time sobre a Cremonese nas oitavas de final da Copa da Itália (2-1).
"Não acredito nos rumores que colocam outros treinadores neste banco (da Roma). Confio na família Friedkin (donos do clube), não duvido de sua honestidade (...) e não tenho motivos para pensar que eles estão negociando com outros treinadores pelas minhas costas", acrescentou.
Mourinho, de 60 anos, chegou ao comando do time da capital em julho de 2021, e seu contrato termina no dia 30 de junho.
Desde sua chegada, a Roma terminou em sexto lugar na Serie A nas últimas duas temporadas, venceu a primeira edição da Conference League em 2022 e disputou a final da Liga Europa um ano depois (perdendo para o Sevilla).
Atualmente, a Roma ocupa a 7ª colocação do campeonato italiano, 17 pontos atrás do líder, a Inter.
Há várias semanas, como reiterou na noite de quarta-feira, o treinador português vem criticando a qualidade e a composição do seu plantel da Roma, o que tem irritado os proprietários americanos do clube.
O diretor-geral da Roma, o também português Tiago Pinto, anunciou na quarta-feira que deixará no início de fevereiro o cargo que ocupa desde 2021.
Sua saída é considerada por muitos como uma vitória de Mourinho, que não tinha uma boa relação com o compatriota.
Por sua vez, a seleção brasileira vive uma das maiores crises de sua história: ocupa a sexta colocação nas Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo de 2026, e o italiano Carlo Ancelotti, que era dado como certo para ser o técnico a partir de julho, renovou há alguns dias seu contrato com o Real Madrid até 2026.
* AFP
