O mundo espera ansioso o duelo entre Lionel Messi e Kylian Mbappé na final do Mundial do Catar, no domingo, entre Argentina e França. Muitos torcedores querem a vitória da 'Albiceleste' para que o sete vezes Bola de Ouro ganhe o único título que lhe falta.
Aos 35 anos, Messi está diante de sua última oportunidade para ser campeão do Mundo, enquanto Mbappé já alcançou o feito em 2018, com apenas 19 anos. Se repetir a dose em Doha, com quase 24 anos, provavelmente assumiria o posto de melhor jogador do planeta.
"Mbappé é o futuro. Messi já foi, por muito tempo, o melhor jogador do mundo. Isso faz você pensar que uma vez que Messi se for...", disse Mario Kempes, campeão pela Argentina em 1978, em entrevista à AFP.
Toda a Argentina e boa parte do planeta não querem que Messi se aposente sem ser campeão mundial, como foi Diego Maradona em 1986, e Mario Kempes é um deles.
"Há duas seleções argentinas que são campeãs e uma agora está muito próxima. Em 1978 e 1986, felizmente, saímos campeões. Precisamos de uma Copa do Mundo de Messi", disse Kempes à AFP.
- "Messi maestro da orquestra" -
Neste sábado, em outra entrevista à AFP, Arsène Wenger, diretor técnico de desenvolvimento da Fifa, também se rendeu a Messi.
"Messi é o maestro da orquestra e a música começa quando ele tem a bola nos pés. O que é mais surpreendente para mim nessa competição é que ele redescobriu sua capacidade física de acelerar novamente no momento certo", disse.
Em Doha, além do apoio que a 'Albiceleste' vai receber na final com quase 40 mil argentinos, a torcida de pessoas de outras partes do mundo é muito visível.
A França contará com o apoio do presidente do país, Emmanuel Macron, que viajou neste sábado ao Catar com sua esposa, Brigitte, e várias estrelas do futebol para acompanhar a final
Macron vai acompanhado do atacante Christopher Nkunku, cortado da Copa do Mundo por lesão, os ex-jogadores Alain Giresse, Bruno Cheyrou, a jogadora Laure Boulleau e a árbitra Stéphanie Frappart.
O Paris Saint-Germain tem dois jogadores em seu elenco que estarão na final no Catar, curiosamente o país do proprietário do clube francês.
"Estou orgulhoso por ter dois jogadores, os dois melhores jogadores do mundo, que disputam a final no meu país. É o melhor cenário", declarou o dirigente catari Nasser Al Khelaifi.
Tanta gente apoiando para que Messi não se despeça do futebol sem ganhar um Mundial faz com que a seleção francesa apareça como a vilã da história.
- Modric fica com o bronze -
A França, que jogará praticamente como visitante no estádio Lusail, tentaria estragar a festa argentina e ganhar sua terceira estrela, depois as Copas de 1998 e 2018.
Os 'Bleus' já jogaram com a torcida contra nas semifinais, contra o Marrocos (2 a 0).
Se ganhar, será a primeira equipe a conquistar dois títulos consecutivos desde o Brasil de Pelé (1958 e 1962).
"Com certeza ele tem uma grande carreira e falta a ele este troféu, mas nós também estamos aqui para orgulhar nosso país. Espero que a seleção da França ganhe", disse o atacante francês Ousmane Dembelé, que foi companheiro do camisa 10 argentino no Barcelona.
O jogo entre Argentina e França e outro duelo entre Messi e Mbappé atrai as atenções de todo o mundo, enquanto Luka Modric e a Croácia ficaram com a medalha de bronze após a vitória por 2 a 1 sobre o Marrocos na disputa pelo terceiro lugar, neste sábado.
Messi e Mbappé têm, assim, outro grande jogador ao lado no pódio.
"A Croácia não é um milagre que aparece a cada 20 anos. Provamos que somos constante,s que somos uma potência no futebol", disse Modric, que apesar de seus 37 anos afirmou que quer continuar na seleção pelo menos até a Liga das Nações de 2023.
* AFP