Quase um terço do Produto Interno Bruto brasileiro é gerado pelas chamadas pequenas e médias empresas (PMEs), que somadas, representam nada menos que 99% de todas as empresas do país, segundo estudo feito pelo Sebrae em conjunto com a Fundação Getúlio Vargas. O peso do setor é ainda maior quando se leva em conta que os pequenos negócios são responsáveis por mais da metade (55%) dos empregos formais e informais do Brasil. Para se ter uma ideia, 78% das 2,7 milhões de novas vagas criadas em 2021 foram oferecidas por micro e pequenas empresas.
Apesar de sua importância para a economia nacional, os pequenos empreendimentos muitas vezes têm vida curta. Uma em cada cinco microempresas fecha as portas antes de completar cinco anos de funcionamento; entre as de pequeno porte, essa taxa é de 17%, de acordo com a pesquisa Sobrevivência de Empresas (2020), também do Sebrae.
Para 34% dos empreendedores que se viram obrigados a fechar seu negócio, isso poderia ter sido evitado se tivessem tido acesso a crédito, mas só 7% dos que apelaram aos bancos conseguiram empréstimo. E, quanto menor o porte da empresa, mais difícil obter crédito.
“Essas empresas hoje fecham porque não têm apoio. No momento em que tiverem, elas vão crescer”, afirma Isadora Clark, brand manager da BizCapital, fintech de soluções financeiras focada no segmento de PMEs. Levantamento realizado pela empresa revelou as principais queixas dos empreendedores em relação aos bancos, tanto os tradicionais quanto os digitais: falta de apoio ao pequeno negócio, juros abusivos, burocracia desnecessária, demora no retorno a consultas e soluções não são personalizadas.
Com base nisso, a fintech criou a campanha “Café do Pejota”, que estreia nesta segunda-feira (dia 21), exclusivamente nos canais digitais. São quatro filmes estrelados pelo Pejota, figura que personifica as dores dos clientes. Em seu café, ele abre espaço para conversas com empreendedores sobre as dificuldades e problemas que gostariam de ver solucionados.
“Nos posicionamos como uma empresa que dá acesso aos recursos que o pequeno e médio empreendedor não tem hoje no mercado financeiro. Ouvimos o que ele precisa e o time de tecnologia entra para a criar soluções ou desenvolver novas funcionalidades dentro dos nossos produtos que atendam àquela necessidade”, explica a executiva.
“Queremos mostrar que o empreendedor pode ter uma relação mais saudável e transparente fora dos grandes bancos. E que existe, sim, quem dê moral para a pequena empresa no Brasil”, completa Bruno Israel, head de marketing da BizCapital.
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