
A morte súbita de um atleta, de 32 anos, em fase de preparação para um campeonato de fisiculturismo reacendeu o alerta sobre os perigos do uso indiscriminado de esteroides anabolizantes e outras substâncias para aumento de massa muscular.
Os esteroides anabolizantes, como a trembolona, são amplamente utilizados para melhorar o desempenho e a aparência física, mas seu uso sem supervisão médica representa sérios riscos à saúde. “O uso abusivo dessas substâncias pode causar hipertrofia cardíaca, disfunção ventricular e arritmias, aumentando significativamente o risco de morte súbita”, alerta o cardiologista Raphael Boesche Guimarães.
Além disso, substâncias como o clenbuterol, que não possuem aprovação para uso humano, estão associadas a efeitos adversos graves no sistema cardiovascular, incluindo taquicardia e hipertensão. “O coração sofre impactos diretos quando essas drogas são utilizadas de forma indiscriminada”, acrescenta o especialista.

Perigo da orientação inadequada
Um dos maiores problemas apontados pelos especialistas é o uso de esteroides anabolizantes e outras substâncias sob a orientação de profissionais não autorizados a prescrever medicamentos. “Muitos atletas seguem recomendações de pessoas sem formação médica adequada, o que aumenta ainda mais os riscos. O acompanhamento médico é fundamental para avaliar os perigos e garantir a segurança do paciente”, enfatiza Raphael Boesche Guimarães.
Importância da conscientização e da regulamentação
O debate sobre o uso de anabolizantes em esportes estéticos precisa ser ampliado, visando sensibilizar atletas sobre os riscos fatais do uso abusivo de drogas. “É essencial que a nutrição e o treinamento sejam conduzidos por profissionais qualificados, respeitando os limites do corpo humano”, reforça o cardiologista.
Como membro da Sociedade Brasileira de Cardiologia, Raphael Boesche Guimarães destaca a necessidade de medidas mais rigorosas para regulamentar o uso de substâncias como os esteroides anabolizantes. “Precisamos priorizar a saúde e o bem-estar dos atletas, promovendo práticas seguras e responsáveis que garantam longevidade esportiva”, conclui.
Por Daiane Maio